Esquece a alma crispada
a coisa inacabada
vem beber a vida fresca!
Deixa essa caixa secreta de desamor e dúvida
vem andar sobre as nuvens fofas
que serás levado a braços de passos subtis
- prometo -
que nem tanto nem sangue pode custar descobrir a vida.
Nuvens de patamares e entremeios diversos
coloridas a cada segundo pela luz que faça
dando a sombras, olhares e cores
variação infinita, coisas de todas as coisas.
A descoberta última será revelada quando for por cada um escutada
Para tal tenho os meus dois troncos consistentes
bem firmes na terra
as suas raízes, a história e a mercê.
Para tal conservo a alma aberta
a observar o mundo
as regras, os porquês e as mercês.
Vem beber a vida fresca,
e não chores a alma crispada
a coisa inacabada.
25/03/2008
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9 comentários:
O tão esperado novo poema chegou finalmente. É bom 'ler-te' revitalizada, de certa forma.
Parece-me a mim que existe mais luz nestas palavras que em outras anteriores, existe aqui um certo sentimento de esperança. É pelo menos aquilo a que o poema me remete.
Deixar para trás os dissabores e enfrentar o futuro com uma nova esperança remendada, com melhores expectativas. Gosto das imagens que construíste nestas linhas.
É bom voltar a ler novos poemas teus
beijo*
belo poema. escreves muito bem. é excelente a tua poesia...
boas stella,
antes de mais desculpa pela demora em surgirem comentários da minha parte.
gostei bastante deste poema, da colocação das palavras, do sentido estético geral e do tom humano que a sua cadencia lhe dá.
penso mesmo que seja aquele de que gosto mais.
e como o vash constatou, é óptimo ver-te a sair dos lugares escuros e a entrar na luz.
parabéns (e obrigado, cm leitor) pelo resultado que conseguiste.
cumprimentos
ai o que diria jim san ao meu grito se
um dia
bebesse
do vento suave
o vento
agreste
/belíssimo!
... talvez crisálida!?
Um poema/exortação de esperança na vida fresca, na abertura ao mundo. Muito bom.
belo!!
das raízes e das antenas...
beijO
Olá!
Estou contente que tenham passado aqui.
Provavelmente efeito da Primavera que enche tudo de flores,
mas continuo a mesma, a mesmíssima.
Costumo escrever com travos amargos aqui no blogue, pareço uma pessimista, bem sei, mas sou mistura de muitas coisas e já agora aproveito pra dizer que sou uma pessoa alegre e brincalhona, para que ninguém fique preocupado comigo.
As coisas que me acontedcem ou que acontecem aos outros e eu observo ou que eu penso e imagino tomam forma nestas palavras, que escrevo e articulo neste blogue, que são produto de muitas coisas e não somente produto de mim.
Este post foi uma lufada de ar fresco mas devo confessar que tive que lhe tirar fora uns versos, demasiado optimistas. Ao reler o que escrevi senti que não estava a dizer a verdade e se há coisa que não suporto é a incongruência.
Este poema ficou de facto bastante ligeiro. Escrevi-o ao som do Concerto para Piano nº 1 de Chopin, Larguetto - Romance.
Devia ter posto aqui a música, mas ainda não me dei ao trabalho de começar a fazê-lo, pelo menos quando sinto que é necessário, e neste caso era.
Fico mesmo muito contente que gostem daquilo que escrevo.
Gostava de escrever mais e de ler mais, mas ando mais do que ocupada e algo fora da net.
Bom Domingo!
Vens beber a vida fresca...
Estive lendo teu comment abaixo, ótimo.
Uma ótima semana, precisamos todos.
bjs.
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