Hoje era a noite.
Chegámos e tirei os sapatos. Ajustei a roupa rente ao corpo em fino contorno.
Estava escuro, mas era possível circular e distinguir formas.
Ainda se viam as pedras da praia, num tom já roxo de rosa de véu do astro.
Os corpos existem dentro das paredes de vidro, e nela são livres.
Desenho uma forma infinita, sem padrão, deslizando a pele pelas paredes.
Vesti a casa como se fosse um fantasma.
E sou a casa, sou toda e engulo-te, num abraço traiçoeiro de remoinho.
E sou as pontas dos cumes das montanhas nas costas da casa
E abraço o mar de espuma brava, e sou o mar constante.
E sou
tudo depois disso.
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